“A INSERÇÃO DO BRASIL NO CAPITALISMO MONOPOLISTA MUNDIAL”

“A INSERÇÃO DO BRASIL NO CAPITALISMO MONOPOLISTA MUNDIAL”
“O Brasil não ficou à margem ofensiva do capitalismo internacional mobilizado pelos grupos financeiros e monopólios. Nesses negócios, boas perspectivas foram oferecidas e garantidas pelo Brasil. Entre elas estava, em primeiro lugar, a abundante disponibilidade de mão de obra de baixo custo e sem impertinentes exigências ou a liberdade de exprimi-las, que tornaram tão incômodas e onerosas as relações de trabalho no mundo capitalista industrializado”. “Em segundo lugar estavam as aspirações de uma minoria de consumidores potenciais mais bem aquinhoados e aspirantes aos padrões da sociedade de consumo norte-americana e europeia”. “Foi a isso que assistiu nas décadas de 60 e 70, quando surgiu no país uma “milagrosa” evolução econômica”. “Esse complexo quadro da inserção da economia brasileira no capitalismo monopolista instalou profunda crise no país, fazendo com que os índices de crescimento ficassem muito distantes daqueles atingidos especulativamente em fins de 60 e 70. Essa dependência do financiamento externo pode ser avaliada pela maneira como têm evoluído as contas externas do país e a situação de deterioração a que chegaram. Destacam-se nesse ncaso os vultosos e crescentes compromissos em débitos na dívida externa, que em 1990 era de 123 bilhões de dólares, em 1992 de 132 bilhões e em 2002 já atingia aproximadamente 240 bilhões de dólares, em confronto com uma acentuada e crescente restrição relativa dos meios e recursos de que o país dispõe para fazer face a tais compromissos”. “O Brasil continua sendo uma sociedade apoiada inteiramente, em última instância organizada para isso, na produção em larga escala e estritamente comercial de gêneros primários e semimanufaturados demandados por mercados exteriores”. “O Brasil está, portanto, envolvido num processo de endividamento em “bola de neve”, pois uma parte dos empréstimos que são feitos (que crescem a cada ano) tem-se