“Tendências recentes do capitalismo brasileiro”
O texto de Guido Manteiga e Maria Moraes “Tendências recentes do capitalismo Brasileiro” nos mostra uma visão sobre a problemática da industrialização do Brasil. Trata de temas como a inserção do capitalismo brasileiro no cenário da economia mundial; da crise enfrentada pelo país em 1974 e do papel que passou a desempenhar (após a crise) o setor produtivo na economia brasileira.
Com o Plano de Metas, um programa do governo Juscelino Kubitschek que tinha como objetivo dar continuidade ao processo de substituição das importações iniciado pós-30, a estrutura econômica passa a ter uma acumulação de capital baseada em interesses tanto estrangeiros quanto nacionais. Nesse período se observa uma considerável expansão industrial levando o capitalismo brasileiro a alcançar o que os autores chamaram de maioridade.
Apesar de o capital estrangeiro ser muito importante e de até hoje refletir na nossa economia, não pode ser deixado de lado o papel que os grupos monopolistas nacionais que se “forjaram à sombra dos monopólios estrangeiros”, desempenham na economia brasileira (na produção, comercialização de produtos entre outros). Esse novo período de acumulação de capital redefiniu a inserção do Brasil no contexto capitalista mundial, ao inserir além dos interesses internos, “as novas necessidades das grandes concentrações internacionais de capital”.
Após um período de grande acumulação, o Brasil é atingido pela crise de 1974 que pôs em risco o crescimento da economia durante os anos do chamado “milagre econômico”. Com isso surge uma nova ideologia burguesa e a reanimação do movimento operário e popular que passam a buscar novas formas politicas de dominação, pressionando no sentindo do abandono das antigas formas de exploração (expansão da mais-valia absoluta, intervenção do Estado nos sindicatos, por