A influência do eurocentrismo na sociedade brasileira
O Eurocentrismo é o conceito que define a Europa como o centro mundial do comércio, cultura e educação, ou seja, tem-se a sociedade européia como a civilização suprema do globo terrestre. A aplicação desses conceitos pôde ser vista com maior clareza do século XV ao XIX, período que compreende das Grandes Navegações até a Revolução Industrial, apresentando-se de forma mais sutil nos dias de hoje. Em 1549, com a chegada da Companhia de Jesus ao Brasil, os jesuítas iniciaram o processo de catequese dos índios; o projeto visava “civilizar” os habitantes da terra desconhecida, impondo sua cultura e religião àqueles que foram subjugados pelo maior poderio militar português. Atualmente, há dezenas de universidades jesuítas espalhadas pelo Brasil e o padrão educacional europeu ainda é tido como referência de qualidade de ensino; enviar um filho para estudar na Europa é sinônimo de prestígio para qualquer família brasileira. No século XIX, a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra se expandiu pelo mundo e o sistema capitalista deu seus primeiros passos em direção a economia mundial moderna. Embora se possa pensar que a sociedade brasileira, cada vez mais voltada para o consumo, esteja sob influência do novo pólo econômico mundial – os Estados Unidos – a organização econômica brasileira, e mundial, ainda segue os ensinamentos da Revolução Inglesa: produção em massa e vender mais do que comprar. A História é contada pelos vencedores e os povos que habitavam aqui antes da chegada dos portugueses foram praticamente dizimados assim como sua riqueza cultural. A desvalorização da identidade nacional não é uma exclusividade dos brasileiros; nossos vizinhos argentinos, por exemplo, intitulavam-se “um país europeu na América Latina” e fizeram campanha para fazer parte da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte. Apreciar a nossa cultura e particularidades é benéfico tanto