Eurocentrismo: história, cultura e padrões
O eurocentrismo como visão de mundo tende a colocar a cultura europeia de forma geral como referência, como a mais importante e avançada do mundo. Tem-se ela a civilização suprema do globo terrestre. Ele se manifesta como uma espécie de doutrina/corrente no meio acadêmico que em determinados períodos da história enxerga as culturas não-européias de forma exótica ou mesmo xenofóbica. Alguns autores como, por exemplo, Jack Goody apontam que o eurocentrismo é um sistema ideológico para dar sustentação a passada colonização territorial e a atual colonização cultural.
Foi muito comum, principalmente no século XIX, especialmente por ser um ideal do darwinismo social que a humanidade caminhasse para o "modelo europeu". Segundo a essa doutrina, baseada na teoria de Charles Darwin da seleção natural, é justificada a evolução biológica das espécies animais, aonde os mais fortes sobrevivem. Assim os paises Europeus justificaram o colonialismo, exaltando em relação a sua cultura. Era feito através da “missão civilizadora” onde paises como Inglaterra, França, Holanda, Alemanha, Itália se apoderavam de regiões do mundo cujo modo de vida era totalmente diferente do capitalismo europeu, buscando transformar radicalmente sua tradição, seus hábitos e costumes. A civilização era oferecida mesmo contra vontade dos dominados, como forma de elevar essas nações do seu estado primitivo a um nível mais desenvolvido.
Como mencionado no parágrafo anterior, este conceito foi muito utilizado no período das expansão marítima dos séculos XV e XVI. Nesta fase da história, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, na intenção de expandir seus mercados decidiram procurar novos pontos para isso. Dessa forma, descobriram novas terras na África e Ásia e implantaram suas culturas, impondo-as (religião, língua, modos, costumes) entre os povos conquistados. Fizeram isso, pois acreditavam que a cultura europeia era mais desenvolvida do que a