Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina.

1266 palavras 6 páginas
RESUMO
Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina.
Aníbal Quijano

Em sua obra, Quijano essencialmente critica e denuncia o eurocentrismo, imposto de forma violenta na conquista da América e utilizado como o maior mecanismo de dominação da história. Vale ressaltar que as terras americanas, recém descobertas, se tornariam a primeira “vítima” da modernidade européia e da colonialidade através novo padrão de poder que estava se configurando. Nesse contexto, as relações entre colonizador/colonizado, dominados/dominantes tomaram outras proporções no quesito superioridade/inferioridade. O conceito de raça surgiu a partir dessa época, em que os europeus começaram a observar diferenças fenotípicas de cor e associá-las à classificação social/racial. Eles encontraram nessa denominação um instrumento realmente eficaz para dar legitimidade à dominação. Aníbal afirma então que “raça converteu-se no primeiro critério fundamental para a distribuição da população mundial dos níveis, lugares e papéis na estrutura de poder da nova sociedade. (...) no modo básico de classificação social universal da população mundial.” É triste para nós latino-americanos, brasileiros miscigenados, ver as conseqüências hoje do quão efetiva e bem sucedida foi a dominação européia sobre nossos antepassados, que implantou estereótipos num âmbito global e disseminou discriminação e preconceito a respeito de culturas tão singulares. Interessante observar como, intrinsecamente ligado à dominação de populações “inferiores”, as formas de explorá-las materialmente falando, por mais distintas que fossem, tinham uma finalidade em comum: produção, apropriação e distribuição de produtos, com o objetivo de dominar o mercado. Reciprocidade, servidão, escravidão e salário não eram formas de trabalho que aconteceram em épocas diferentes, mas sim de forma simultânea em diferentes colônias e claro, com diferenças para cada população. E essa forma de dominação através

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