Africa1
Fábio A. Noleto de Paula
Instituto Federal - Campus Goiânia
RESUMO
O presente texto intenta pela discussão acerca do ensino de história da África e o lugar da história no continente. Para tanto, foram abordadas as considerações de historiadores africanos e brasileiros que discutem a temática, bem como as formas da legislação que ditam acerca do ensino de África e africanidades. Ante uma problematização de cunho teórico, visa-se, neste, conceber a validade do estudo da história africana ante as atuais concepções hegemônicas da disciplina em função às possíveis aberturas nos campos do conhecimento a fim de lutar por uma política de reconhecimento e aceitação da pluralidade.
Palavras-Chave: África, Ensino, Eurocentrismo.
INTRODUÇÃO
O ensino de História da África nas escolas é um dos maiores desafios que enfrenta o historiador/educador, ao se deparar com temas (em sua maioria, estranhos a ele) os quais não possui propriedade nem domínio. Tamanho é o embaraço ao abordar acerca do continente africano, suas culturas e povos. Existe uma imensa lacuna a ser preenchida no que tange ao ensino de história e culturas não europeias e o responsável por tamanha lacuna é o pensamento eurocêntrico que se propagou, desde tempos imemoriais, por vias culturalmente explícitas, a própria literatura e artes produzidas no Ocidente tendem a corroborar com este pensamento que marginalizou a vertente afrocêntrica da cultura e do conhecimento.
A importância de estudar tais povos justifica-se pelo simples motivo de que a compreensão da História não se dissocia do dinamismo que impregna a cultura africana e a grande verdade é que o desenvolvimento das ideias sobre o mundo africano sempre foi processo velado a preconceitos.
Dentre as várias interpretações existentes a respeito de África como continente e sua população, as mais recorrentes são apoiadas nas correntes cientificista-