A indústria do sabão e suas variáveis dependentes
A indústria do sabão tem raízes de 2000 anos atrás, porém o sabão, na verdade, não foi “descoberto”, mas surgiu de misturas brutas de materiais alcalinos e matérias graxas. No entanto, entre as diversas indústrias químicas, nenhuma teve modificação fundamental de matéria-prima tão grande quanto a indústria química da saboaria. Conseguiram-se novas e melhores matérias-primas mediante a hidrólise, a hidrogenação, a extração em fase líquida e a cristalização a solvente das diversas gorduras e óleos. Os processos contínuos são os de neutralização, hidrólise a alta pressão e saponificação contínua. Estes processos contínuos de fabricação de sabão, embora sendo desenvolvimentos tecnológicos de extrema importância, foram parcialmente superados pela introdução dos detergentes sintéticos.
Existem diferenças significativas nos processos usados para fabricar detergentes e os sabões, e também mudanças na composição química, que provocam atuações diferentes. Os sabões geram precipitados e, por isso, não são eficientes com águas duras ou ácidas. A composição química dos sabões é essencialmente sais de sódio ou potássio de diversos ácidos graxos, enquanto os detergentes são misturas mais complicadas de várias substâncias, cada qual escolhida para efetuar uma ação particular durante a limpeza. Porém, com o tempo, a composição química dos detergentes sofreu algumas mudanças em virtude de questões ecológicas e se tornou necessário um estudo para tratamento de determinadas substâncias. Outra questão levantada focalizada na diminuição da poluição das águas foi o desenvolvimento de um novo produto que possuísse constituintes decompostos pela ação microbiana. A facilidade com que um agente tensoativo é decomposto é definida como a sua biodegrabilidade. As matérias-primas básicas para a produção de detergentes envolvem os surfactantes, que são compostos que modificam a tensão superficial dos líquidos e possuem uma