A indústria criativa
1. INTRODUÇÃO
O conceito de “indústria criativa” e sua importância são temas relativamente recentes quando se trata do mundo acadêmico. Porém, mesmo que os novos serviços, tais como programação, que são relativamente recentes e são considerados criativos, a criação de coisas, tais como roupas que passam status social ou estilo, ou então uma obra de arte, que torna o possuidor um socialite diferenciado da sociedade, são tão antigas quanto a humanidade.
O parágrafo anterior, apesar de ser passível de ser observado empiricamente, pode ser fundamentado teoricamente por John Newbigin, no documento “The Creative Economy: an introductory guide”.
O primeiro estudo promovido sobre indústrias criativas foi promovido pelo DCMS (Departamento de Cultura, Mídia e Esportes) do Reino Unido, no final da década de 1990. Outro estudo importante sobre tal tipo de indústria foi o promovido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, baseados em John Howkins e Richard Florida. Em nosso estudo aqui, usaremos ambos para o nosso embasamento teórico.
Utilizaremos a mesma classificação que o estudo do DCMS, que classifica uma empresa como criativa se as atividades desta tiverem “sua origem na criatividade, na perícia e no talento individual e que possuem um potencial para a criação de riqueza e empregos, através da geração e da exploração de propriedade intelectual”.
Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações, temos como criativos os seguintes setores: Arquitetura & Engenharia, Artes, Artes Cênicas, Biotecnologia, Design, Expressões Culturais, Filme & Vídeo, Mercado Editorial, Moda, Música, Pesquisa & Desenvolvimento, Publicidade, Software, Computação & Telecom. Vale ressaltar que anteriormente, somente estavam classificadas como tal doze destes segmentos, ao invés dos quatorze descritos. O segmento de Pesquisa & Desenvolvimento foram incluídos por conta de Howkins, que sugeria tal inclusão e Biotecnologia foi inclusa por quê assim