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Assessor dos Povos Indígenas, Francisco Piãnko, ressalta que valorização das comunidades é a maior conquista (Foto: Sérgio Vale/Secom)
O empoderamento das comunidades, a busca pelo fim da dependência do Estado, a autonomia na condução dos projetos da aldeia, o fortalecimento cultural e a criação do Fórum dos Povos Indígenas. Estas são algumas das principais conquistas dos índios acreanos destacadas pelo Assessor Especial dos Povos Indígenas do Governo do Estado, Francisco Piãnko. Na Semana do Índio, há muito o que comemorar.
"O reconhecimento do Governo aos povos indígenas foi a nossa primeira grande conquista. O Governo iniciou um agenda de trabalho em meio a inúmeras dificuldades, sem conhecimentos sobre as principais demandas e tocou o barco pra frente. Ele encarou o desafio de iniciar um diálogo com as comunidades indígenas, se aperfeiçoando para atender melhor aos povos. O grande ganho nisso tudo é que acabou a relação paternalista entre Estado e aldeias indígenas, que era o foco das políticas anteriores, para dar lugar à autonomia dos povos", observou o assessor.
Outra preocupação do Governo, segundo Piañko, é a preservação da cultura indígena. "E isso é transversal. Todas as áreas de atuação levam em conta o fortalecimento cultural".
Quantos são e onde estão?
Hoje o Acre abriga 15 povos indígenas, falantes de idiomas de três famílias lingüísticas (Pano, Arawak e Arawa). Totalizam um pouco mais de 16,5 mil pessoas (cerca de 2% da população total do estado e 6% da população rural). Vivem em 186 aldeias distribuídas em 36 terras indígenas reconhecidas pelo governo federal, com extensão agregada de 2.439.982 quilômetros (14,6% da extensão do Acre), a maior parte delas já regularizada, em onze dos 22 municípios acreanos.
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Estado do Acre abriga 15 povos indígenas, falantes de idiomas de três famílias