a inclusao
A educação, não esqueçamos, não pode ser concebida como um aspecto em separado da realidade social. Ela reflete claramente as questões políticas, sociais, os interesses de quem detem o poder e os recursos financeiros para promover formação profissional e continuada. Tudo faz parte de uma roda-viva, onde os mecanismos funcionam arquitetados de forma a responder as necessidades políticas de cada período histórico.
Desta mesma forma, deve-se refletir sobre o Paradigma da Inclusão, ou seja, se faz necessário ter clareza de que em vários momentos ele pode e é visto como uma forma de “baratear” a educação, já que a Educação Especial é uma forma de atendimento muito específica e considerada, economicamente, de alto custo. Se nosso pensamento vai por este viés, fazemos parte do grupo de educadores que acredita que “inclusão” seja sinônimo de “ensino regular”, defendendo a idéia de que a educação nas escolas regulares é a melhor opção, e que o professor dará conta de promover o processo de conhecimento e desenvolvimento de valores junto a ampla e complexa diversidade humana no que tange aos comprometimentos sensoriais (cegueira, baixa visão, surdez...), déficit mentais, dificuldades motoras, autismos, altas habilidades, entre outros múltiplos aspectos, existentes em cada realidade institucional, baseados numa crença que “todos aprendem da mesma forma” – educação formatada, sem a fundamental importância de recursos e serviços de apoio e/ou complementares.