A importância do sujeito cartesiano
Através de Descartes é a razão do ser pelo raciocínio e pela evidência intelectual formando a dúvida metódica cartesiana atributo dos iluministas,sobre tudo pela ousadia de poder exercer livremente a capacidade de julgamento de cada um.
Pois, “o espírito filosófico, nessa época, constitui-se em espírito de observação que procurava remeter tudo a seus princípios verdadeiros, tornar-se útil e transformar o homem de reflexão em cidadão atuante”.
No entanto, segundo avaliação de Koselleck, a filosofia da história iluminista obscureceu a dimensão política de tal crise, pois, diante de suas imagens histórico-filosóficas de futuro, muitos eventos políticos cotidianos foram deixados em segundo plano. Portanto, a crise não foi de início concebida politicamente, mas em termos de reforma e aperfeiçoamento moral-intelectual, pois seria o resultado da internalização subjetiva de elementos do juízo divino da salvação, de um modo que foi logicamente equivalente ao cogito cartesiano, ou seja, tornou-se a autogarantia do homem que se desliga de exterioridades enganosas, advindas do senso comum, costumes, tradições, dogmas de religião etc. A partir deste ponto, podemos observar o delineamento da autonomia crítica iluminista, visto que a justiça subjetiva, voltada rigorosamente para si mesma (tal como o cogito), não contaria mais com grandezas dadas (por dogmas, cânones, passado, tradições etc) como condicionantes de autoridade a serem aceitas inquestionavelmente. Com isso, ocorreu uma ruptura entre passado e planejamento de futuro, concebendo-se cada momento histórico como único numa cadeia processual irreversível. Agora, o presente tem apenas a si mesmo como espaço de experiência, apontando para um horizonte futuro de expectativas. No entanto, tal firmamento da crítica iluminista mudaria o curso dos eventos políticos. Por isso, podemos entender porque, em Crítica e Crise, Koselleck tem como objetivo principal elucidar a ligação entre a