A importância do repertório musical
INTRODUÇÃO
Muitas questões surgem quando iniciamos ou desenvolvemos um trabalho musical com crianças: como tornar “saboroso” o aprendizado? Qual a melhor abordagem? A partir do planejamento dos conteúdos e atividades, que tipo de repertório escolher? Muitas vezes os alunos vêm com uma capacidade diferente de escuta, muito limitada devido à forte influência que a mídia exerce nos dias atuais. É importante que o professor tenha também um olhar amplo na escolha das atividades e repertório, pois como aponta Fonterrada “alunos e professores tem um referencial musical quase único, que lhes é imposto pelos meios de comunicação” (FONTERRADA, 2005, p.13).
Em vista desta realidade é preciso que o educador procure alternativas para inserir um repertório variado e rico, de maneira atrativa, pois eles têm na internet e outros meios de comunicação um forte imã que os atrai ao mesmo tempo em que massifica seu gosto musical. De acordo com Fonterrada (2005):
Não obstante todas as dificuldades por que passa a escola e tudo o que se sabe a respeito da imposição da indústria cultural, influenciando o gosto da população, é inegável que um repertório infantil alternativo tem sido criado, de bom gosto, com temáticas atuais e arranjos instigantes, que levam a pensar (FONTERRADA, 2005, p.328).
Inserir um repertório que contemple vários estilos e épocas, inclusive música contemporânea, representa um verdadeiro desafio aos educadores musicais. Casnok, no texto “A linguagem musical e a hermenêutica – algumas considerações” destaca ainda outras razões para a dificuldade de inserção da música contemporânea:
[....] gostaríamos de salientar o fato de que a música contemporânea não encontra por parte do grande público uma recepção favorável. Muitos fatores colaboram para essa impopularidade, mas arriscaríamos dizer que o mais importante deles seria, justamente, esse