A importância da história da educação para futuros pedagogos
Vivemos uma época marcada pela globalização e por uma descontrolada circulação de idéias e conceitos e, ao mesmo tempo, por um crescimento de identidades locais, étnicas, culturais ou religiosas. Uma das funções principais da história da educação é compreender esta lógica de “múltiplas identidades”, por meio da qual se definem memórias e tradições, pertenças e filiações, crenças e solidariedades. Pouco importa se as comunidades são “reais” ou “imaginadas”. Não há memória sem imaginação (e vice-versa).
À história cumpre explicar esse processo e, por esta via, ajudar as pessoas e comunidades a darem um sentido ao seu trabalho educativo.
Como disse o cineasta Manuel de Oliveira na apresentação de seu último filme merecem ser recordadas: “O presente não existe sem o passado, e estamos a fabricar o passado todos os dias. Ele é um elemento de nossa memória, é graças a ele que sabemos quem fomos e como somos”. Nunca tivemos uma consciência tão nítida de que criamos, e não apenas somos conseqüência, da história. A reflexão histórica, mormente no campo da educação, não serve para “descrever o passado”, mas sim para nos mostrar a quantidade de idéias, de projetos e de experiências. E a inserção pessoal neste retrato histórico nos permite a compreensão critica de quem fomos e de como fomos.
Portanto, é essencial relembrar e aprender sobre a educação em cada período de nossa história.
Muitos educadores deram sua contribuição para a nossa educação, entre eles, o Paulo Freire; para ele “o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e esperança, na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma descoberta criadora, com cobertura ao risco e aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina”, como educadores temos que ter essa mentalidade.
Até em nossos dias, a educação se encontra incerta, é preciso criar, transformar, o ato de educar