A importancia da comunicação
A Ditadura Militar surgiu a partir de um golpe de força trazendo mudanças para a sociedade e na política instaurando um clima de censura e repressão. O novo regime, no entanto, estendeu-se por 21 anos e teve como presidentes os generais: Humberto de Alencar Castello Branco (1964-1967), Artur da Costa e Silva (1967-1969), Emílio Garrastazu Médici (1969-1974),Ernesto Geisel (1974-974) e João Batista Figueiredo (1979-1985). Durante esse período as pessoas organizaram-se para lutar contra esses governos ditatoriais e paralelo a isso o país passa por uma evolução cultural intensa que transforma o olhar da sociedade, os estudantes mobilizavam em associações como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a partir de 1964 tornaram-se vitimas de repressão e, principalmente durante o governo Costa e Silva, reagiram intensamente. A causa imediata de muitas manifestações estudantis estava ligada a problema especifico da educação, e não necessariamente políticos. Em março daquele ano foi feito uma manifestação diante do Calabouço, um restaurante ligado a Universidade Federal do Rio de Janeiro, por melhor qualidade da alimentação e preços mais baixos. Essa manifestação resultou na morte do estudante Edson Luís de Lima Souto, seu velório foi acompanhado por milhares de estudantes, seguidos de tensão e novos choques com a polícia. Multiplicaram-se as manifestações e passeatas organizadas por todas as universidades brasileiras, com reinvindicações estudantis servindo de pretexto para manifestações contra o governo. O ponto mais alto desse movimento foi a passeata dos cem mil, no RJ em 1968. Neste mesmo ano também houve reivindicações trabalhistas com duas greves bastante agressivas, em Osasco e Contagem, nas periferias de São Paulo e Belo Horizonte. O meio artístico e cultural procurou resistir à repressão do regime, acompanhando tendências mundiais e buscando um engajamento politico. Passavam por agitações buscadas nos Centros Populares de Cultura