A importacia da leitura na educaçao infantil
REFLEXÕES SOBRE AS CAIXAS QUE CONTAM HISTÓRIAS
Elieuza Aparecida de LIMA (FUNDEC-Dracena; UNESP-Marília)
Cyntia Graziella Simões GIROTTO (UNESP-Marília)
Contemporaneamente, sabemos que o ser humano aprende capacidades, aptidões e habilidades que o humanizam a partir do seu nascimento. É o que declaram Vigotski e seus colaboradores.1
Segundo estes estudiosos, desde o nascimento, o sujeito vai, mediante as relações sociais que estabelece e ao considerar suas condições de vida, educação e atividade, se tornar homem. Vai se apropriando das qualidades humanas, que, ao contrário dos animais, não fazem parte da sua herança genética, mas são externas a ele e constituem a sua herança social.
E, para que cada pessoa se torne humana, são necessárias apropriações das qualidades tipicamente humanas incrustadas nos objetos culturais.
De acordo com o Enfoque Histórico-Cultural, cujo precursor é Vigotski
(1896-1934), as qualidades humanas são caracterizadas por capacidades, habilidades e aptidões culturalmente constituídas, dentre as quais a capacidade de recordar, a memória voluntária, a percepção voluntária, a atenção voluntária, as diferentes formas de linguagem e de pensamento, a imaginação, as emoções, os sentimentos; todas externas ao sujeito no momento do seu nascimento (LEONTIEV,
1988). Por serem externas ao sujeito, somente em processos mediados de atividade, tais qualidades são internalizadas e passam a constituir as qualidades inerentes à humanização de cada pessoa.
Com base nessa idéia, é essencial, então, pensarmos sobre atividades que possam propiciar a aprendizagem destas qualidades capazes de mover o desenvolvimento cultural do homem. Em especial, neste trabalho, buscamos discutir sobre contar e ler histórias como atividades promotoras de um amplo desenvolvimento das crianças pequenas, ao respeitarmos o ritmo e tempo delas – que são particulares, individuais. Neste