A ilha
O personagem de Ewan McGregor, Lincoln Six Echo, vive nesse complexo e começa a se questionar sobre a veracidade das informações que lhe são passadas. Todo o artificialismo do lugar, com aparelhos eletrônicos comandando as ações de todos os seres humanos assim como um misterioso sorteio que seleciona um morador para ir ao único lugar no planeta onde o vírus não chegou, A Ilha, deixa-o incomodado. A Ilha é o sonho de todos aqueles que moram nesse mundo hermeticamente fechado e totalmente controlado.
A desconfiança de Lincoln aumenta, principalmente por não ter suas perguntas respondidas pelos funcionários do complexo. Ele resolve então investigar por si mesmo e as respostas que encontra provocam uma reviravolta em seu mundo. Acompanhado de Jordan Two-Delta (Scarlett Johansson), por quem é apaixonado, Lincoln foge e descobre que os moradores do complexo são, na verdade, clones idênticos a pessoas no mundo lá fora. Pessoas que podem pagar para ter um corpo reserva e que quando desejam utilizá-lo, o seu respectivo clone é sorteado na loteria.
O filme “A Ilha” assemelha-se e muito ao livro de Aldous Huxley já mencionado nesse blog, “Admirável Mundo Novo” (ver post: “Livro: Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley” de 27/08/2012 ). Embora o autor tenha escrito um livro também com o título de “A Ilha”, a sociedade criada no complexo de clones do filme está muito mais próxima de “Admirável Mundo Novo” (AMN) já que segue a mesma organização desumanizada e serve ao mesmo princípio capitalista.
Em AMN e no filme, envelhecimento é sinônimo de problemas. Para a sociedade perfeita do livro, sofrer é