A idade medieval em portugal
A Idade Medieval foi o período intermédio numa divisão esquemática da História da Europa, convencionada pelos historiadores, em quatro "eras", a saber: a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea.
Este período caracteriza-se pela influência da Igreja sobre toda a sociedade. Esta encontra-se dividida em três classes: clero, nobreza e povo. Ao clero pertence a função religiosa, é a classe culta e possui propriedades, muitas recebidas por doações de reis ou nobres a conventos. Os elementos do clero são oriundos da nobreza e do povo. A nobreza é a classe guerreira, proprietária de terras, cujos títulos e propriedades são hereditários. O povo é a maioria da população que trabalha para as outras classes, constituído em grande parte por servos.
O sistema político, social e económico característico foi o feudalismo, sistema muito rígido em progressão social.
Fome, pestes e guerras são uma constante durante toda a era medieval. As invasões de árabes, vikings e húngaros dão-se entre os séculos VIII e XI. Isto trouxe grande instabilidade política e económica.
A economia medieval é em grande parte de subsistência. A riqueza era medida em terras para cultivo e pastoreio. O comércio era escasso e a moeda era rara. A economia baseava-se no escambo.
A época medieval da literatura portuguesa coincide, do ponto de vista histórico, com a Idade Média e iniciou-se pouco depois da constituição de Portugal enquanto reino independente. A literatura foi condicionada por factores sociais, políticos e culturais, tais como: a organização social, que assentava numa relação de vassalagem do servo face ao senhor, a intensa actividade guerreira a que a Reconquista Cristã obrigava e a sociedade essencialmente rural.
O que distingue a lírica galego-portuguesa é que esta não foi um fenómeno circunscrito a um reino: os trovadores que a cultivavam eram portugueses, galegos, leoneses e castelhanos.
Numa fase inicial, a escola