A Hora Da Estrela Clarice

O narrador - homem, começa a “contar” a história - pois ele afirma ter medo de falar sobre Macabéa, por ela o causar um sufocamento. Finalmente começa a narrativa. O narrador, portanto começa a falar da moça: Uma nordestina, órfã - que tivera sido criada pela tia - alagoana, chamada Macabéa, de 19 anos, e virgem. Tinha uma pele bem pálida, consequência de sua má alimentação. Em seu rosto havia “panos” (como chamavam em Alagoas), que eram disfarçados com seu encardimento, por ter uma péssima higiene de não tomar banho com frequência.
A tia depois de arranja-lhe um emprego no Rio de Janeiro, morre. Agora Macabéa era datilógrafa e morava numa vaga de quarto, com três moças balconistas. Quase foi demitida pela sua falta de higiene e péssima escrita. À noite, tossia muito, pois estava quase há um ano com um resfriado que a acordava toda noite e sempre com fome, mastigava pedaços de papéis. Nos domingos acordava mais cedo, para ficar sem nada pra fazer por mais tempo. Certo dia quis descansar as costas, mas se dissesse isso ao chefe, não acreditaria. Disse-lhe então que no outro dia, teria de ir arrancar um dente, e foi liberada. No dia de sua “folga”, após as Marias saírem para o trabalho, desfrutou tudo o que podia fazer – o que não era muito.
Naquele mesmo mês, em meio a uma chuva, se deparou com seu futuro namorado. O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos. Começaram a se encontrar. Quando ficavam, Macabéa fazia perguntas idiotas, pois achava que o silencio era sinônimo de ruptura, essas perguntas causavam raiva ao rapaz. Depois de alguns encontros, Macabéa já estava apaixonada pelo rapaz, chamado Olímpico, que trabalhava de operário numa metalúrgica.

Por não receber ligações como Glória e o chefe recebiam no trabalho, chegou até a pedir que Olímpico ligasse para ela, mas ele disse que ela só falava besteiras. Ele na verdade não mostrava satisfação nenhuma em namorar Macabéa. Mas quando viu a colega da Macabéa – Glória,