A História e os estudos pós-coloniais
Instituto de História
Curso de História Contemporânea
Resenha: “A História e os estudos pós-coloniais”
Em sua introdução, o autor destaca a crescente bibliografia acerca dos estudos que visam questionar a forma tanto metodológica, quanto metodológico-disciplinar de como a Europa produziu narrativas sobre aqueles países aos quais dominou durante a expansão colonial e atenta para a relevância do tema.
Num segundo momento, o autor analisa a maneira como a sociedade ocidental (baseado em estudos acadêmicos britânicos e franceses) constituiu um sistema de representações em que apontavam distinções entre estes e o oriente, onde o segundo é visto como uma sociedade de cultura estática, uniforme e incapaz de se auto definir, em contraponto com a inovação, dinamismo expansivo apresentado pelo primeiro, claro que com isso, percebe-se que havia certa estranheza entre o que para o ocidente europeu era o familiar em contraponto com o oriente e o leste. Ressalte-se que essa maneira de ver outros povos estende-se para África e América, sendo o mesmo discurso utilizado para estes.
Aliado a isso o autor explica a problemática existente no tocante á produção historiográfica dessas ex-colônias que se baseiam em utilização não aceitas pelas tradicionais academias, sendo assim consideradas como pouco confiáveis, usando assim, para justificar sua afirmativa a forma romântica de narrativa americana em que havia uma preocupação com o enredo e como a personagem era inserida nele ao modo explicativo por excelência. Outro problema exposto é a tentativa de pesquisar o passado através do presente, fato esse, que segundo o autor, é comum nesses estudos, incorrendo assim cometer anacronismos.
No presente artigo, o caso do império português é exemplificado e o autor cita a maneira como os países coloniais utilizavam-se da historiografia como ponto de apoio do poder da metrópole e que após a descolonização, em alguns casos, essa historiografia não