A história política da região de salinas
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A história política da região de Salinas é marcada pelo coronelismo e pela violenta perseguição contra aqueles que se opõem aos interesses dos assim chamados coronéis. Dentre os coronéis, ressalta-se a figura do Coronel Idalino Ribeiro cujo controle político, e violento, de quase cinqüenta anos na região de Salinas é desbancado por Geraldo Santana, em 1959, quando este é eleito prefeito de Salinas. Segundo Geraldo Santana, Rio Pardo de Minas era o local de influência regional na produção de cachaça artesanal e justifica essa influência pela emancipação de Salinas do município de Rio Pardo de Minas, em 1883, e pelo atraso ainda maior deste município em relação à Salinas. Atraso, no discurso de Santana, significa falta de acesso vário, falta de meios de comunicação e falta de um setor econômico desenvolvido. Santana afirma que a relação entre as práticas políticas e a produção de cahaça eram nulas no período inicial de sua atuação na política local, a partir de 1951. Estas afirmações são emblemáticas aqui. O seu desconhecimento sobre detalhes políticos da atuação de produtores ou sobre as demandas desta setor produtivo tem relação, segundo ele, ao terrível estigma sobre a cachaça na região. Entretanto, em seu livro ( SANTANA, Geraldo. O caminho de Volta ou “A travessia do deserto”: Memórias. Belo Horizonte: 2004.) há duas menções interessantes: a atuação política de Miguel de Almeida, primeiro produtor da cachaça Seleta, e a atuação política de Nei Correia, primeiro produtor da cachaça Pirajibana. Miguel de Almeida foi presidente da Câmara de Vereadores de Salinas no ano de 1956, e da base aliada do Coronel Idalino Ribeiro, contra quem Geraldo Santana disputou a prefeitura de Salinas em