A HISTÓRIA DA COMUNIDADE DOS SURDOS
Sabe-se que a história dos surdos registra os acontecimentos históricos dos surdos, como um grupo que possui uma língua, uma identidade e uma cultura ao longo das eras os surdos travaram grandes batalhas pela afirmação da sua identidade da comunidade surda da sua língua e da sua cultura até alcançarem o reconhecimento que tem hoje na era moderna.
Um estudo acerca da história da educação de surdos implica a compreensão da influência das representações culturais e dos pressupostos políticos e filosóficos que vem permeando este tema. Nesse sentido as narrativas que se articulam para abordar a surdez foram produzidos a partir das significações culturais inscritas no campo discursivo de sua época.
Sabemos que na antiguidade, ocorreria o sacrifício de surdos em função do ideal grego de beleza a perfeição. A demais o nascimento de uma pessoa narrada como deficiente era concebido como um castigo dos Deuses, o que justificava a sua eliminação.
Além disso, a produção da alteridade surda como falta era reforçada pela concepção filosófica de então em que a fala era considerada o único meio de expressão do pensamento. Desse modo, a partir da significação cultural característica dessa época os surdos são nomeados como sujeitos incompletos e, portanto, incapazes de aprender.
Apenas no século XVI, o médico italiano Girolamo Cardano (1501-1576) advoga a favor da capacidade de aprendizado dos sujeitos surdos. Entretanto, o monge beneditino Pedro Pance de Léon (1520-1584) é o primeiro professor de surdos de que tem registro histórico.
Na segunda metade do século XVIII, o abade de I’Epée (1712 – 1789) inicia um trabalho pedagógico relacionado à surdez ao deparar-se casualmente com duas irmãs surdas. Inicialmente, seu intuito era apenas catequizador. No entanto, mais tarde comovido com a situação de pobreza dos surdos da capital francesa funda em 1760 o estabelecimento que viria a se tornar a primeira escola pública para surdos no Ocidente: O