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Na Grécia os surdos eram privados de toda a possibilidade de desenvolvimento intelectual e moral porque confundiam a habilidade de falar com voz, com a inteligência desta pessoa, embora a palavra “fala” esteja relacionada ao verbo/pensamento/ação e não ao simples fato de emitir sons articulados. As pessoas que nasciam surdas eram consideradas incapazes para a prática de atos da vida acadêmica. Eles não possuíam uma linguagem reconhecida e respeitada que proporcionasse a valorização de sua comunicação e expressão. Eram vistos como ineducáveis e considerados inúteis à coletividade, além de enfrentarem preconceito, descrédito e muitas vezes foram considerados loucos.
A partir do século XVI, com a influência da ciência e da tecnologia, inicia-se na Espanha a educação para pessoas surdas. Muitos métodos forma desenvolvidos a partir dos gestos e chegavam à escrita e à fala. Conforme estudos de Meserlian (2009) a primeira escola para surdos foi criada em 1775, por Charles Michel L'Epée em Paris. Em 1775, L'Epée fundou a primeira escola pública para o ensino da pessoa surda, em Paris, onde professores e alunos utilizavam-se dos sinais metódicos, sendo seus trabalhos divulgados em reuniões periódicas com objetivo de discutir os resultados obtidos. Para L'Epée a linguagem de sinais seria a língua natural dos surdos e, por meio dela, poderia desenvolver o pensamento e a comunicação. (MESERLIAN, 2009, P. 4)
Esta escola tinha uma filosofia Manualista e Oralista, sendo assim, essa foi a primeira vez na história que os surdos adquiriram o direito a uma linguagem própria, apesar de que o sistema de sinais