A história como argumento estratégico
Atualmente, a intervenção em áreas centrais está inserida no planejamento estratégico de cidades, que pretende traçar o caminho pelo qual se atinge a inserção da cidade em um panorama mais amplo, regional, nacional ou mundial, através da melhoria de sua imagem e do aumento de sua visibilidade como atrativos de novos investimentos e a visitantes.
Neste cenário está inserido o resgate da história como argumento chefe da transformação, também chamada revitalização, principalmente dos centros tradicionais da cidade.
Este artigo discorre sobre o tema, tendo como pano de fundo o caso de Vitória, cuja revitalização da área central foi incorporada ao Plano Estratégico Vitória do Futuro em 1996, tornando válido percorrer os principais argumentos e também as principais críticas acerca desse "modus operandi".
Planejamento estratégico de cidades
No planejamento estratégico, modo de gerência empresarial aplicado às cidades, aproximando-as conceitualmente de empresas, todas as partes devem "funcionar" bem, para que o todo atinja a máxima vantagem. O grande objetivo é a melhoria da imagem da cidade e, a reboque, com o aumento da visibilidade da cidade em questão, atrair a novas empresas e visitadores.
Não importa o tamanho da cidade, sua meta pode ser regional, nacional ou mundial. O importante é garantir seu quinhão da rede de cidades, sabendo que há papéis muito distintos nessa rede, onde apenas três cidades são "Globais": Londres, Nova Iorque e Tóquio.[2]
Quanto à atração de capital, o melhor é que sejam atraídas empresas não poluentes ou apenas os escritórios centrais, leia-se executivos e altos funcionários com grande poder de compra.
Se o aspecto de retomada desses locais pelo "mercado", deixa claro que revitalizado é um lugar que gera (alta) renda, a questão da substituição de usuários do espaço urbano é primordial nas críticas apresentadas ao "modelo estratégico". A história como