A Hist Ria Vista De Baixo

“A história vista de baixo”

Thompson relata de forma ampla as manifestações por direitos políticos, civis e religiosas No século XVIII, as tradições populares do século XVIII e sua influência na formação da classe operária. Mais importante problema de pesquisa da obra é, com certeza, como ocorreu o processo de formação da classe operária inglesa.
No texto percebemos que o autor acredita que sociedade dividida em classes, na constante luta entre estas, na exploração de uma classe pela outra, na existência de uma estrutura social, dentre outros pressupostos. Entretanto, não acreditava que a posição social dos indivíduos determinava seu comportamento, e sim que este era condicionado pelas experiências cotidianas de cada um e determinado, em grande, pelas relações de produção nas quais estava inserido. Na época em que o autor publica sua obra é um momento de teorias, ou teorias estruturalistas como o marxismo ortodoxo e o Estruturalismo, que acreditam que a posição social do indivíduo determina suas atitudes, valores, crenças, começam a entrar em crise.
O texto mostra que foram nas últimas décadas do século XVIII e nas primeiras do XIX, principalmente na década de 90, onde se acirraram os conflitos e a repressão, que os trabalhadores ingleses começaram a sentir uma identidade entre si e contra seus empregadores e/ou proprietários, ou seja, é nesse período que surge um sentimento de classe. Isto prova que a mesma nasceu das experiências dos indivíduos, antes mesmo da Revolução Industrial e não como fruto desta. Portanto, Thompson demonstra que a cultura popular do século XVIII influenciou decisivamente a formação da classe operária do século XIX. Identificamos no texto que de acordo com Thompson e segundo a crítica que este faz ao marxismo ortodoxo (na verdade a Marx), que dois dos axiomas deste último não contemplam a realidade: primeiro de que os indivíduos, na verdade, não atuam no quadro das relações históricas dadas Marx e Engels, mas sim sobre as condições