A hipótese do provírus de dna

A Hipótese do Provírus de DNA

O vírus do sarcoma de Rous (RSV), o primeiro vírus causador do câncer a ser descrito. Foi de considerável interesse como um sistema experimental para o estudo da biologia molecular do câncer. Em 1958 um estudante de graduação Howard Temin desenvolveu uma pesquisa, cuja finalidade era transformação de células normais em células cancerosas em cultura após a infecção com RSV. Essa pesquisa feita através do ensaio quantitativo “in vitro” foi a ferramenta necessária tanto na transformação, quanto na replicação viral, com isso observou-se que a replicação do RSV era diferente da de outros vírus de RNA. Temin chegou a hipótese do provirus de DNA, a qual afirma que o RNA viral era copiado em DNA nas células infectadas – o que era totalmente contrario ao dogma central aceito da biologia molecular. Essa hipótese foi baseada em vários tipos de evidencias experimentais, como os dos estudos de transformação celular usando mutantes de RSV mostraram que algumas características das células transformadas eram determinadas pelas informações genética do vírus, e que essa mesma informação era passada para as células filhas após a divisão celular. Com tudo Temin sugeriu que o genoma viral estava presente nas células infectadas de forma herdada. Foi através do experimento com inibidores que ficou evidente que o provirus era DNA. A actinomicina D inibia a síntese de RNA a partir do DNA molde, demonstrou também inibir a produção de vírus por células infectadas por RSV. Os inibidores da síntese de DNA inibiram em estágios iniciais da infecção celular por sarcoma, quanto à síntese de RNA dirigida por DNA era necessária para a produção da progênie do vírus na fase seguinte. Considerando a proposta que o provirus era uma cópia de DNA do genoma viral de RNA, Temin procurou mais evidencias, usou hibridização de ácidos nucleicos para encontrar sequencias virais no DNA das células infectadas, mas as técnicas disponíveis eram limitadas e os dados