VÍRUS ONCOGÊNICOS EM ANIMAIS
Os vírus são partículas acelulares capazes de causar um grande número de doenças nos animais. Ao invadir uma célula na maior parte dos casos, os vírus têm a capacidade de se multiplicar e provocar sua morte, libertando, desta forma, novas partículas virais. Porém, alguns vírus possuem um ciclo replicativo que leva às células hospedeiras entrarem em proliferação de forma forçada e descontrolada, podendo, desta forma, originar um tumor. Estes vírus, no seu conjunto, denominam-se vírus oncogênicos. O avanço das técnicas de investigação biomédica e biologia molecular demonstrou que diversos vírus de DNA e RNA são oncogênicos em uma grande variedade de animais e, cada vez mais, há evidências de origem viral em neoplasias humanas. As neoplasias são doenças genéticas e, tanto as benignas como as malignas, originam-se de uma única célula que sofreu lesões genéticas randômicas. Os cânceres, além disso, podem estar envolvidos com as alterações nas restrições normais da proliferação celular, diferenciação e apoptose, sendo que existe um número finito de vias nas quais as restrições podem ocorrer.
De fato, alterações em grupos pequenos de genes parecem ser os responsáveis por muitos dos comportamentos desordenados das neoplasias malignas e três classes de genes reguladores normais constituem os principais alvos da lesão genética:
Proto-oncogênes promotores do crescimento;
Genes supressores dos inibidores do crescimento de câncer;
Genes que regulam a morte celular programada;
Também é pertinente uma quarta classe de genes para a carcinogênese: os genes que regulam o reparo do DNA danificado.
A EXPERIÊNCIA DE PAYTON ROUS Nos últimas duas décadas do século XIX, foram descobertas por Louis Pasteur e Robert Kock diversos agentes infecciosos, tendo estes sido divididos em dois grandes grupos distintos, dependendo das suas características de filtração.
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