PROJETO HIV

1. INTRODUÇÃO

A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem se configurado como a mais importante e devastadora epidemia contemporânea. Desde seu surgimento, no início da década de 1980, tem-se evidenciado franca disseminação pelo mundo, configurando-se em uma epidemia sem fronteiras geográficas ou sociais tornando assim uma pandemia da atualidade. Desde então, tornou-se uma das mais comentadas e conhecidas em todo o mundo, gerando desafios diversos à humanidade (REIS, 2005).
Duas décadas após ter sido identificada, a síndrome da imunodeficiência humana (AIDS) já matou, aproximadamente, 19 milhões de pessoas, quase tanto quanto a gripe espanhola, no início do século XX (20 milhões), e a peste negra, na Idade Média (25 milhões). Se forem mantidos os índices de mortalidade atuais, pelos próximos dez anos, a AIDS terá matado mais do que a Segunda Guerra Mundial, considerada a maior catástrofe do século XX (REIS, 2005).
Segundo Veronesi (2002), as práticas sexuais foram identificadas como importante via de transmissão do HIV desde as primeiras investigações sobre a nova doença e seu agente etiológico. A transmissão sexual constitui uma das bases sobre as quais se tem procurado estabelecer diferentes padrões epidemiológicos de disseminação da epidemia.
A transmissão heterossexual é a principal via de infecção pelo HIV tanto para as mulheres como para os homens diagnosticados com o HIV. O processo de heterossexualização da epidemia se iniciou por volta de 1990 e ocorreu paralelamente à redução da expressão da categoria homo/bissexual no quadro geral de infecções e ao aumento da incidência da AIDS entre mulheres, a chamada feminização da epidemia (CUNHA, 2006; SZWARCWALD et al., 1997).
Como a expansão da epidemia na população heterossexual, as mulheres têm sido desproporcionalmente afetadas, acarretando, levando, no aumento dos casos em crianças infectadas pela transmissão vertical do HIV (FONSECA, 2002).
Os preservativos masculinos e femininos são