resumo eron
Ao elaborarmos este texto, procuramos fazer a análise de um caso que servisse como fundamento crítico, no que se refere à recuperação judicial de empresas.A análise do caso “Enron” vem corroborar o entendimento de que a tão aclamada recuperação de empresas deve ser vista com reservas e não como um instrumento de aplicação indiscriminada concedido a todas as empresas em crise.
O motivo da escolha por um caso americano se o que se pretende demonstrar é uma realidade brasileira. A resposta reside em dois aspectos: o primeiro é o fato de que o caso “Enron” representa um dos maiores fracassos empresariais da atualidade e demonstra a crise do sistema econômico global; o segundo é que os fatores motivadores da crise vivenciada pela “Enron” não se distanciam da realidade brasileira.
Além disso, a realidade econômica da “Enron” nos fez refletir sobre a fragilidade de outros institutos que norteiam a sobrevivência de uma empresa, tais como a Administração e a Auditoria.
A Enron foi fundada em 1985 quando a Hoston General Gás comprou a InterNorth, embora seu objetivo social fosse a distribuição de energia, a empresa conquistou excelentes resultados por meio de “outros investimentos”, incluindo freqüência de internet e risco ambiental. A companhia texana possuía uma excelente reputação, era fiscalizada por mais de uma empresa de auditoria, foi homenageada pela revista FortuneMagazine por seis ano seguidos (1996 à 2001) como "a empresa americana mais inovadora", com todos os olhares voltados para ela não demorou muito para que o mercado desconfiasse a origem de lucros tão agressivos mesmo em meio a crises. Por traz desta imagem escoteira de empresa sólida escondia-se um lobo sedento que em nome dos “negócios” usava a técnica contábil “Mark to marker”, e com as parcerias de outras empresas e bancos, ficou extremamente fácil manipular o balanço financeiro e esconder um débito de mais de US$ 25 milhões. O mundo da Enron caiu