A grande máquina que o capitalismo alimenta
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A relação da psicologia com o capitalismo é nítida na relação entre as empresas e seus funcionários, que formam a força motriz de trabalho da organização, podendo ser comparada ao simples funcionamento de uma máquina. Porém, os seres humanos não são e nunca foram força motriz de uma organização simples e relativamente pequena que é a empresa, mesmo de um ponto de vista global. Não se trata de algo grande” como Google, Microsoft ou Apple. O problema é tão grande que não o enxergamos; tão grande que fazemos parte dele sem perceber, assim como fazemos parte da Terra sem ter consciência de suas dimensões. Marx, nos “Manuscritos Econômico – Filosóficos”, desenvolveu o conceito de trabalho alienado, que envolve a especialização do trabalho: o indivíduo não tem mais conhecimento e/ou domínio do sistema de produção, passando a ser apenas uma parte dele, uma ferramenta. Essa alienação, ainda dentro do conceito marxista, inclui o que ele chamou de “fetichismo”: o indivíduo valoriza mais os bens materiais, tais como carros, casas, contas em bancos no exterior e a sociedade de aparências, do que os bens intelectuais, tais como virtudes, experiência de vida ou inteligência. O maior dos fetichismos, segundo Marx, é o dinheiro, pois com ele é possível adquirir todos os outros “fetiches” dos alienados. A religião cumpre um papel tão importante quanto o dinheiro nesse processo, porque incentiva o indivíduo a não procurar explicações científicas para os fatos que não compreende, levando-o a não ler, não pesquisar e não dar valor à informação concreta. É por isso que a religiosidade ainda é tão estimulada, embora a Angola tenha fugido à regra proibindo as igrejas evangélicas brasileiras de atuarem em seu território. A tendência é que os países desenvolvidos, onde a maioria da população é atéia, sigam o exemplo. Religiões funcionam como o “braço direito” do capitalismo: fazem com que o ser humano se inferiorize, se anule, se negue como ser humano, para exaltar um deus. E a fim