A geografia clássica
CURSO DE GEOGRAFIA
ALUNA: MARIA DO CARMO SARAIVA
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Ciência da Sociedade. 2º Ed. Recife. Editora Universitária da UFPE, 2008.
6º CAPÍTULO
A GEOGRAFIA CLÁSSICA
6.1 CARACTERÍSTICAS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA.
Para a Geografia admitimos, de forma esquemática, a existência de um primeiro período em que pontificaram os institucionalizadores desta ciência, ao qual seguiu outro de consolidação e de difusão do conhecimento geográfico, a que chamamos período clássico, e em seguida, após a Segunda Guerra Mundial, teríamos o período moderno. (p.99)
Torna-se difícil estabelecer os limites de cada período, uma vez que as transformações e as mudanças na orientação do estudo e do ensino da Geografia se processam lentamente e em uma mesma fase há autores que se encontram em um e em outro período [...]. (p.99).
[...] grande diferença entre os dois períodos foi a queda no prestígio do finalismo positivista e evolucionista e do esforço de encontrar leis gerais que explicassem as diferenciações existentes na superfície da terra, de forma uniforme para todo o planeta. (p.100).
Os geógrafos clássicos, vivendo a fase de desenvolvimento do capitalismo industrial e da necessidade de um conhecimento aprofundado do espaço produtivo, fizeram estudos corológicos, [...]. Partiram do princípio de que a análise das várias partes levaria á soma das mesmas e ao melhor conhecimento do todo.(p.101).
Os estudos regionais ganharam grande prestígio e muitos geógrafos admitiam ser eles os mais legítimos estudos de Geografia porque se preocupavam tanto com os aspectos naturais como com os sociais [...]. (p.101).
Os estudos regionais provocaram uma separação entre a Geografia Geral ou Sistemática e a Geografia Regional, desestruturam, dentro dos conhecimentos e das técnicas usadas na época [...]. Essa desintegração também contribuiu para que houvesse uma especialização maior entre os geógrafos [...].