A Galinha de Vergílio Ferreira
Toda esta polémica, desencadeou-se a partir do momento em que a tia do narrador viu a mãe deste comprar uma galinha. Ela quis outra igual. Regateando o preço comprou mais barato.
Mas com o seu mau feitio, desconfiada como era, pensou que tinha comprado um artigo de pior qualidade. E com alarido e malvadez, quis trocar com a irmã, que já as tinha em casa, resguardadas para não se partirem, uma vez que veio embora da feira mais cedo. Entre insultos, lá saiu de casa da irmã e foi, rua fora, até se perder de vista.
Tendo encontrado o pai do narrador, recomeçou a discussão, ofendendo-se mutuamente, com assuntos do passado, que nada tinham a ver com os factos. É nesta fase que entra o tio, que aqui já partiu para a agressão física. Envolvendo toda a população, e alguns já embriagados, aproveitavam o domingo, quando se juntava mais gente, para criar confusão.
Houve mortes, feridos e detenções. Até que resolveram chamar as autoridades, para ver se impunham respeito. Ao princípio ainda resultou, mas depois, alguém mandou uma pedra que acertou na cabeça dum guarda e a confusão instalou-se de novo.
Quando a população já estava reduzida a metade e chegaram à conclusão que a guerra não compensava, chegou finalmente a paz.
O narrador acabou por perder o tio, o pai e a mãe.
No final do conto, demonstrando toda a sua falsidade, a tia, teve o atrevimento de se deslocar a casa do narrador, aos ais, chorando lágrimas de “crocodilo” remexendo num assunto que, para ela, não tinha ficado resolvido, querendo trocar novamente a galinha. Contudo, no final, acaba por levar a mesma.
Excerto: “Mas minha tia olhou a galinha de minha mãe, que já estava exposta no aparador, e ao dar meia volta,