Arte Urbana VS Política
A Arte Urbana é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas nas ruas, utilizando diversas técnicas como: moldes, pôsteres, adesivos, murais e grafite. Tornou-se um veículo de comunicação importante, permitindo a união de muitas culturas e a fusão entre o centro e a periferia.
O seu objetivo é causar um impacto nos espectadores, normalmente possui uma mensagem criticando a sociedade com ironia, e convidando à luta social.
Dessa maneira, torna-se um importante instrumento de protesto, em uma época marcada por conturbações e censura; as classes menos privilegiadas não têm voz na sociedade, e a arte é uma das maneiras que essas pessoas podem chamar atenção e serem, de certa forma, “ouvidas”.
No Brasil a história da Arte Urbana se inicia com as pichações nos anos 60 contra a ditadura militar. Eram mensagens pintadas sobre muros e fachadas de prédios públicos ou privados que proclamava frases contra a censura, a tortura, o imperialismo norte americano.
Com o enfraquecimento da ditadura militar nos anos 70, as manifestações artísticas e culturais vão se desligando das manifestações políticas e passam a ter uma natureza mais poética.
Ao mesmo tempo em que a linguagem da arte Urbana vai sofrendo transformações, o mercado da arte também vai se interessando por sua expressividade. Na década de 80 foram criadas galerias em que eram exibidas produções de linguagem da Arte Urbana, que impulsionou a carreira de artistas que começaram nas artes de ruas e viriam ter uma carreira promissora nas artes contemporâneas.
As galerias, museus e outros espaços expositivos dedicam períodos para exposição de tais trabalhos. Portanto, desde a década de 80 até este início do século XXI percebe-se um movimento de acolhimento destas linguagens pelos espaços institucionalizados da arte.
Assim, a Arte Urbana brasileira, depois da década de 80, se vê fortemente marcada pela expressão do Hip-Hop. Esta cultura urbana se prolifera fortemente no Brasil por