A fuga sem sucesso
O Bruno pensa que é esperto. Matou Dibinho e Aurélio e foi pra cadeia. Condenado a vinte anos. Mas sabe aquele negócio de progressão de pena? O cara cumpre uma parte e, em três anos e pouco, quatros anos, está soltinho da silva. Hoje ele está saindo da cadeia. E pensando que vai aproveitar o que era de Aurélio e do Dibinho. Mas o babaca vai se dar mal. Porque essa grana é minha! Por ela sou capaz de matar e morrer. Ainda hoje Bruno vai bater na minha porta, neste mesmo apartamento do Edifício Cairo. E eu estou aqui, esperando para dar o golpe nele. Enfim, ele chega a minha casa, começamos a conversar e pouco a pouco fui descobrindo o seu plano de ação. E também descobri que ele queria me dar uma parte do dinheiro para mim, mas eu não queria só uma parte, eu queria tudo. Pouco a pouco eu e Bruno fomos nos aproximando cada dia mais. Eu sabia quais eram as minhas intenções, mas ficava preocupada, pois talvez ele também tivesse algo planejado. Com o tempo começamos a namorar, até que chegou o dia em que ele dormiria em minha casa, e era nessa noite que tudo que eu havia planejado a muito tempo atrás, cada detalhe, aconteceria. Eu iria fazer um jantar romântico, se aproximar mais dele até a hora que fossemos dormir, só que eu não dormiria, iria esperar ele dormir para pegar a minha arma e matá-lo no meio da noite, depois disso pegaria o dinheiro que ele havia me trazido e fugiria para outro país onde ninguém me acharia. E tudo aconteceu como eu esperava até a hora de fugir. Peguei meu carro e sai em alta velocidade, até que me vi diante de um caminhão de carga e não consegui frear.