A Fita Branca

FACULDADE DE ARTES DO PARANÁ
MARIANA TEIXEIRA
TRABALHO DE DIDÁTICA: A FITA BRANCA
CURITIBA
2013
O filme “A Fita Branca” de Michel Haneke se passa às vésperas da primeira guerra mundial. O narrador explica, desde o inicio que os fatos que serão contados no desenrolar da história justificam o que aconteceu posteriormente no país da Alemanha. Com o pré-nazismo como um plano de fundo, acredita-se que a ideia central esteja na “origem do mal”. A história se passa em uma aldeia e traz a ideia de uma hierarquia tão grande nas relações sociais que chega a remeter o feudalismo, onde os adultos não possuem nomes, sendo designados por sua posição social. Como no caso dos personagens: barão, médico, pastor, professor, administrador... e etc.
Destaca-se a caracterização muito verdadeira da família patriarcal, que prima por uma educação religiosa, pela disciplina dos corpos que quando fazem o inesperado são castigados com agressões físicas. Na estória essa estrutura social autoritária baseada em uma educação fortemente repressora gerou nas crianças sentimentos de crueldade e desprezo. Crueldade essa que provém da cultura da punição, é sempre mascarada pelos “bons modos”, e pelo caráter moral de pureza e inocência (no filme significado da fita branca) aplicado às crianças.
Os eventos de violência, sejam eles exercidos pelas crianças com as crianças , pelos adultos com as crianças ou pelo homem com a mulher são encarados com perplexidade e anestesia pela sociedade, que não investigava a fundo quem estava por trás dos crimes, mesmo que nem sempre encarados dessa maneira.
O que há de mais surpreendente no filme para mim, é a forma como a violência é encarada e como consigo identificar esse mesmo comportamento atualmente. No filme a própria sociedade se coloca naquela situação, a reconhece e esconde suas armas. Diante da violência explicita, seja ela qual for, como proceder? Como posso me permitir a não agir? Como encarar enquanto educadora a família, tão importante e