A Fita Branca e o Direito
ÍNDICE
1. Interpretação do Filme
2. Sinopse
3. Personagens e suas características
4. Paralelo com Direito
1. Interpretação do Filme
Antes de abordarmos diretamente o enredo, bem como os personagens do filme A Fita Branca, o grupo gostaria de analisar as diferentes polêmicas que essa história tão intrigante, e tão bem escrita e dirigida por Michael Haneke nos envolve nos dias de hoje.
Apesar de se passar no século passado, e, portanto, abordar costumes e perfis de antigamente, é fácil notarmos semelhanças comportamentais, principalmente das crianças entre elas mesmas. Vemos que de fato a maldade, ou melhor dizendo, a doutrina do mal é usado tanto por elas, quanto entre elas, como Zygmunt Bauman aponta em seu texto Medo Líquido, as crianças foram doutrinadas “com o pecado e a punição sendo os principais instrumentos do pensamento na caixa de ferramentas da razão”
Em uma sociedade movida pela boa educação e boas maneiras, mas ao mesmo tempo pela rigidez é difícil imaginar que alguma criança, pelo menos naquele vilarejo, de alguma forma pudesse se arrepender dos atos por elas cometidos, já que o castigo fazia parte do cotidiano para aqueles que desobedecessem ou, mais severamente falando, para aqueles que pecassem.
Dentre os três pilares presentes na sociedade, sendo eles, o pastor, representando a religião e a família patriarcal, o barão, representando o trabalho e o clico financeiro do vilarejo e por fim, o médico, representando a saúde e os cuidados, a figura do pastor nos envolve talvez um pouco mais do que as outras, não apenas por ele de fato ser um dos grandes centros das atenções e reclamações do vilarejo, mas sim pela maneira como ele rege sua família, era
Através da religião que o pastor punia seus filhos, para ele e também para os seus filhos àquilo era o certo a punição vinha de um pecado, ela deixava de ser um castigo para crianças e passava a ser uma