Resenha do filme "A Fita Branca"
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - Departamento de Sociologia
Disciplina:
Semestre: 02/2013, Professora:
Artigo sobre o filme “A Fita Branca”.
Aluno: Jean Felipe Motta.
A RELIGIÃO E O SAGRADO EM A FITA BRANCA.
Para que possamos nos propor avaliar, ainda que amplamente, os conceitos durkheiminianos de religião e sagrado sobre o filme A Fita Branca, é necessário que primeiramente consideremos o contexto histórico-social, e que nos transportemos parcialmente para a realidade que nos é apresentada.
O diretor é brilhante ao optar por produzir o filme em preto e branco, impecável nos elementos simbólicos constituintes da cultura alemã naquele período, como a arquitetura, a moda, incluindo detalhes como os utensílios domésticos e, essencialmente, o comportamento geral de uma sociedade estruturada em princípios e valores muito antiquados, até mesmo para o seu tempo. De modo que, podemos nos sentir em uma atmosfera que parece ser um misto em algo muito particular a Idade Média e ao período vitoriano, em uma aldeia que poderia muito bem ser qualquer aldeia da Alemanha daquela época.
Da mesma forma, fica evidente que, não menos bem engendrado, foram os temas escolhidos e ofertados para a análise do filme, pois todos eles cabem perfeitamente em algum ponto retratado em A Fita Branca.
Comecemos então analisando a importância da religião dentro do contexto retratado no filme, observando a partir do próprio titulo, onde logo no inicio temos a sequencia em que os filhos do pastor não voltam para casa dentro do horário esperado, apenas os mais velhos são punidos severamente, e o conceito da fita branca já se revela como um instrumento de purificação, imposto aos indivíduos como que com a capacidade de redimi-los de uma malignidade e resgatar em si a pureza humana. Onde mais tarde volta a aparecer, sob a forma de amarras, como meio de evitar que o filho explore o próprio corpo, amarrando-o na cama. Essa