Bacharel em Fisioterapia
“O desejo profundo da criança é de ser dona de seus atos, verdadeiramente livre, ou seja, não julgada e não submetida afetivamente ao desejo do adulto”.
(LAPIERRE; AUCOUTURIER, 1988, p. 63)
A frase acima resume bem o quanto a Educação Psicomotora me sensibilizou para uma questão que no dia a dia não praticava com tanta intensidade como agora: O OLHAR.
Sempre busquei tratar meus pacientes com a finalidade de estimular a busca da sua independência respeitando as individualidades de cada um. Mas depois que comecei a escutá-los, permitindo que eles expressassem com mais intensidade suas emoções, seus desejos, o brincar espontâneo e me colocando mais disponível para o diálogo (verbal e não verbal) e realizando intervenções adequadas, percebi que é possível ajudá-los a superar seus conflitos, seus bloqueios e suas dificuldades sejam elas relacionais sociais ou afetivas.
Agora, o ambulatório de Fisioterapia se tornou um verdadeiro laboratório, possibilitando que a criança, de forma espontânea, criativa e autêntica tenha a oportunidade de explorar todo o seu potencial motor, cognitivo, afetivo, social e relacional para, conseqüentemente, melhorar o desenvolvimento global, a aprendizagem, o equilíbrio da personalidade, facilitando as relações afetivas e sociais. Nesse sentido, tenho me identificado muito com a Psicomotricidade Relacional, pois defende que a aprendizagem e o desenvolvimento se produzem pelas formas de relação afetiva com o outro, de acordo com as possibilidades e limites de cada um, em comum acordo. A Psicomotricidade Relacional na escola enfatiza a comunicação humana e comportamentos