A filosofia de Plotino
O presente trabalho pretende descrever uma análise que fiz sobre o Pensamento Filosófico de Plotino, a partir dos pressupostos filosóficos antropológicos da visão de homem para Platão e Aristóteles.
Plotino (205/270) foi o fundador e é considerado o maior representante do movimento chamado neoplatonismo, responsável pelo fim de um longo período de pluralismo, durante o qual as diferentes escolas filosóficas (cética, estoica e epicurista) tinham produzido representações correntes de Platão. Sensível à questão religiosa da salvação, típica do seu tempo, ele permaneceu fiel aos fundamentos do racionalismo grego e à autoridade de Platão, cuja teoria gnosiológica, a partir de sua religião (órfica), entendia Corpo e Alma como substâncias completas em si, que se unem acidentalmente. Para Platão, a alma, no momento da desencarnação, bebe das águas do rio Lete (do esquecimento) para apagar da memória os pecados contidos na vida passada e, dependendo de quanto beba, no momento da retomada da consciência em novo corpo, pode ainda preservar a base do conhecimento humano, fenômeno que chamou “reminiscência” (recordação do passado; o que se mantém na memória). Plotino, fiel a este conceito, entendia a alma como possuidora de diferentes partes, que se superpõem e constituem por seu agrupamento, a realidade humana. Algo próximo do pensamento de Aristóteles, que via no seu silogismo dialético, premissas endoxais, aceitas pela maioria dos indivíduos; entendidas como não verdadeiras em todos os casos, mas na maioria deles. Para Aristóteles, a primeira forma de conhecimento do homem é a percepção dos objetos sensíveis, de onde se extrai as lembranças, existindo no seu entender três categorias de alma: vegetativa, como nas plantas; sensitiva, como nos animais e intelectiva, nos homens, contendo a superior, potencialmente, a inferior. Plotino entendia a parte inferior da alma como