Resenha Madame Bovary

RESENHA DE MADAME BOVARY

POR

Faculdade de Letras
Teoria Literária I
02 De Julho de 2013
2013.1

Li Madame Bovary, obra prima de Gustave Flaubert (Precursor do Realismo Europeu). A primeira vista, a impressão que tive era a de o livro retratar uma burguesa francesa ranzinza, feia e velha. O incrível foi descobrir, logo nas primeiras páginas, de que estava completamente equivocado. Flaubert, com muita maestria, passa para o subconsciente do leitor, pouco a pouco, imagens, sons e cheiros com as descrições dos acontecimentos na narrativa. Era como se eu estivesse de espectador primário em cada cena. Emma Bovary não é ranzinza, nem velha e muito menos feia. Emma Bovary é linda. É uma mulher doce e singular. Ela é tudo isso, mesmo sem nunca ter sido diretamente descrita na narrativa. Esperava uma estória seca e superficial, marcada pela mediocridade. Acreditava que o ápice do romance seria um final em que Emma vivesse a velhice sozinha ou que compraria roupas e sapatos até se arrepender. Mas não, estava completamente enganado. Felizmente enganado. O livro vai além destas compreensões. Retrata uma mulher sonhadora e apaixonada, possuidora de muitos desejos em sua alma e corpo. Uma mulher que anseia por paixões constantes e amores avassaladores. Emma busca por uma vida de luxo ou qualquer outro meio capaz de mascarar a infelicidade e frustração. Desejos esses, que são encarcerados dentro de muitas mulheres por uma sociedade machista, hipócrita e moralista. Em resumo, Emma Bovary anseia por uma vida. Uma vida que ela realmente soubesse o significado de felicidade. Quando estava lendo Madame Bovary, deixei-me entrar completamente na narrativa, queria ver o que as personagens viam, queria sentir o que sentiam. Queria me projetar naquele livro. Talvez imaginar como seria minha vida sendo eu um homem que desejasse desesperadamente encontrar meu lugar na sociedade. Um homem cheio de fortes desejos a realizar. Talvez então sendo