Orixás
Plotino (205-270) é o último filósofo da tradição helenística e o principal representante da corrente filosófica neoplatônica, que vai exercer uma influência marcante no pensamento ocidental.
Suas asserções acerca da alma são referências básicas para o estudioso da história da psicologia e da psicanálise, pois suas idéias repercutiram posteriormente na obra de teóricos do porte de Freud e Jung.
Pois Plotino é considerado por alguns autores (Schwyzer, 1960; Hillman, 1981) como o "descobridor do inconsciente" e o seu conceito de psyque como similar ao de inconsciente coletivo.
E dentre as teorizações junguianas a respeito do inconsciente coletivo a noção que surge como central é a de arquétipo.
O arquétipo para Jung é a parte herdada da psique, que manifesta-se como padrões imagéticos do inconsciente coletivo. Pode ser entendido como o correspondente do inconsciente coletivo aos complexos do inconsciente individual, como imagens atratoras de significado.
A teoria junguiana sobre os arquétipos inicia-se em 1912, quando relata a manifestação de imagens primordiais em pacientes e em sua auto-análise, cujas temáticas centrais repetiam-se nos mitos de diversas culturas. Foi influenciado pelas idéias do historiador neoplatônico Friedrich Creuzer (1771-1858), como ele mesmo coloca:
"O acaso me conduziu ao Simbolismo e Mitologia dos Povos Antigos, de Friedrich Creuzer, e esse livro me entusiasmou". (Jung, 1975:145)
Creuzer foi também editor das Enéadas de Plotino (Plotini Opera omnia), obra impressa em 1835. (cf. Bréhier inPlotino, 1993: I,XLIII)
Em 1919, Jung utiliza pela primeira vez o termo arquétipo, diferenciando-o de suas imagens fenomênicas, como algo irrepresentável em seu conteúdo último, como "formas do instinto". Procura entendê-lo como um conceito psicossomático, que uniria corpo e alma, instinto e imagem, evitando a idéia que as imagens arquetípicas fossem consideradas meros reflexos dos impulsos biológicos. Em 1934,