A fidelidade e o divorcio
A fidelidade no casamento é fruto da fidelidade no namoro. A busca pelo que é essencial no casamento deve sempre ser maior do que é periférico. Muitos relacionamentos conjugais se estacionam em sentimentos periféricos, os quais não trazem nenhum benefício para quem busca construir uma vida de amor partilhado. O amor, que um dia os uniu, acaba sendo deixado de lado por desentendimentos não resolvidos, pela falta de diálogo e compreensão de ambas as partes.
Fidelidade nas alegrias da vida, mas também nos momentos de tristeza. Fidelidade na saúde e também na doença. O verdadeiro amor é construído dia a dia na vida do casal. A cada nova manhã, marido e mulher são sempre convidados a renovar a fidelidade um ao outro e a redescobrirem o motivo que, um dia, os levou ao altar: o amor que os uniu por toda a vida.
Uma verdadeira experiência da fidelidade conjugal passa pelo processo da gratuidade do amor. Marido e mulher, que cobram amor um do outro, estão negociando seus sentimentos. A própria palavra “cobrança” revela, em si mesma, seu significado: só cobramos algo de alguém quando há uma dívida pendente. O amor conjugal não é negócio, mas pura gratuidade, doação e entrega. Quando as cobranças começam, o relacionamento entra num processo de contabilidade, no qual o saldo final sempre será negativo.
A cada novo dia, a cada nova manhã, o amor e a fidelidade devem ser renovados. Novas esperanças devem ser semeadas no jardim da vida a dois. Esposo e esposa devem cultivar, em conjunto, no canteiro da alma, o amor que os uniu um dia. Descobrir que o outro não é tão perfeito como se imaginava, é um exercício de paciência que só poderá ser vencido com as flores da paciência, do diálogo e do perdão.
No casamento, a fidelidade nasce da simplicidade da partilha a dois. Cada casal é sempre convidado a descobrir, na simplicidade da vida a dois, o espetacular da vida matrimonial.
Fidelidade (do latim fidelitas1 2 3 pelo latim vulgar fidelitate4 ) é o