A evolução a historiografia da África
As primeiras informações a respeito da África possuem datação próxima ao surgimento da escrita. Historiadores do velho mundo mediterrâneo e os que faziam parte da relicião islâmica tomaram como referência para suas pesquisas e registros uma parte do mundo que compreendia uma considerável porção da África.
Até o século XVI, momento em que o Império Otomano expande-se no continente, o estudo da história do norte África era essencial. Em 1798, com a chegada da expedição de Napoleão Bonaparte no Egito e a expansão colonial europeia nesta parte do continente, um ponto de vista europeu colonialista passou a dominar os trabalhos sobre a história na porção norte da África. Contudo, em 1930, com o movimento modernizador no islã, do desenvolvimento da instrução no estilo europeu nas colônias da África do Norte e o nascimento de movimentos nacionalistas norte-africanos começaram a combinar-se para dar origem a escolas autóctones de história que produziam obras em árabe, francês e inglês, reestabelecendo assim o equilíbrio nos estudos históricos dessa região no continente.
Entre os primeiros historiadores da África, pode-se destacar Ibn Khaldun (1332 - 1406), que segundo J. D. Fage, merece o titulo de “pai da história”, mais até que Heródoto.
Uma parte das obras de Ibn Khaldun é destinada à África e às suas relações com outros povos do mediterrâneo e do oriente próximo. Como resultado de seus estudos baseados nas análises dessas relações, ele concluiu que a história obedece a um fenômeno cíclico, no qual os nômades conquistam terra aráveis dos povos sedentários, estabelecem então