a relacao da pessoa consigo proprio
Os primeiros trabalhos sobre a história da africa são tão antigos quanto ao inicio da história antiga.
Os historiadores do velho mundo mediterrânico e os da civilização islâmica medieval tomaram como quadro de referencia o conjunto do mundo conhecido que compreendia uma considerável porção da áfrica.
A história do norte da áfrica continuou a ser parte essencial dos estudos históricos até a expansão do império otomano, no século XVI.
Assim sendo, o presente capitulo preocupar-se-a sobretudo com a historiografia da africa central, ocidental, oriental e meridional. Ainda que nem os historiadores clássicos nem os historiadores islâmicos medievais tenham considerado a africa tropical como destituída de interesse, seus horizontes estavam limitados pela escassez de contatos que podiam estabelecer com ela.
Entre os primeiros historiadores da Africa, porêm encontra-se muito importante, um grande historiador no sentido amplo do termo, refiro-me a Ibn Khaldun (1332-1406) que, se fosse mais conhecido pelos especialistas ocidentais, poderia legitimamente roubar de Herodoto, o titulo de “pai da historia”. Ibn Khaldun era um norte-africano nascido em tunis. Uma parte de sua obra e consagrada Africa 1 e as suas relações com os outros povos do mediterrâneo e do oriente próximo. Da compreensão dessas relações ele induziu uma concepção que faz da historia um fenômeno cíclico, no qual os nômades das estepes e dos desertos conquistam as terras araveis dos povos sedentários e ai estabelecem vastos reinos, que, depois de cerca de três gerações, perdem sua vitalidade e se tornam vitimas de novas invasões de nômades.
Ora, Ibn Khaldun distingue-se de seus contemporâneos não somente por ter concebido uma filosofia da historia, mas também e talvez principalmente, por não ter, como os demais, atribuído o mesmo peso e o mesmo valor a todo fragmento de informação que pudesse encontrar sobre o passado; acreditava que era preciso aproximar se da