A europa atual
OS NACIONALISMO NA EUROPA ATUAL
Frequentemente a Europa nos é apresentada como uma região de grande estabilidade política a um passo da integração supranacional. Os conflitos territoriais e étnicos da ex-União soviética e da ex-Iugoslávia, seriam, por si sós, suficientes para desmistificar a tese de que as reivindicações separatistas e irredentistas estão circunscritas à região do chamado Terceiro Mundo. Mas não é somente nestas ex-repúblicas que ocorrem manifestações independentistas. Na sua parte ocidental, não são poucas as nações que, sem dispor de um Estado constituído, enveredam pelo caminho da luta pelo direito à autodeterminação e à independência.
O projeto da União Européia(UE), bloco internacional de poder contraposto aos seus concorrentes da América do Norte e da Ásia, vem esbarrando cada vez mais com a revitalização de antigas reivindicações autonomistas e independentistas, a par da emergência de novos movimentos nacionalistas. Apesar dos esforços estatais em direção a uma futura união política da Europa (Euronação), subsequentemente a união econômica e monetária em curso, ressurgem, com vigor, movimentos nacionais em defesa da identidade social e cultural de diferentes povos e nações.
Orientada pelo modelo neoliberal, a formação da UE se dá através de um processo vertical e hierarquizado, que não leva em conta as aspirações das nações e das sociedades envolvidas, mas somente os interesses dos Estados que respondem, por sua vez, aos ditames das grandes corporações transnacionais. Por meio de uma uniformização artificial, o modelo neoliberal hoje dominante, subordina os aspectos nacionais, sociais e políticos à lógica estritamente econômica imposta pelo mercado mundial controlado por um número cada vez mais reduzido de megaoligopólios apátridas. No interesse do grande capital financeiro, as nações que não dispõem de Estado, são marginalizadas e