A escrita dos licenciandos
Na universidade, solicita-se dos alunos a escrita de diversos textos, tais como resumos, portifólios, relatórios, monografia. Além de expressar bem um conteúdo, espera-se que em sua escrita os discentes sejam capazes de utilizar uma linguagem clara, sem a qual a compreensão do texto pode ser prejudicada. Algumas vezes, os alunos não obtêm êxito em suas atividades justamente por dificuldades de escrita, e não por desconhecimento do conteúdo. Isso pode ser reflexo de um problema anterior à escrita: a leitura.
É difícil pensar em bons autores sem pensar em bons leitores, assim como é complicado pensar em professores que, com dificuldades de escrita, precisarão corrigir a escrita de outros, seus alunos; sem contar a elaboração de exercícios e provas que devem conter linguagem clara e estrutura adequada. Ou seja, a dificuldade de escrita dos licenciandos, seja de qual área for, afeta o seu exercício profissional e a educação de um modo mais amplo.
Face a essa situação, é preciso ter atenção ao tema no Ensino Superior, para que a formação dos discentes seja de qualidade em vários sentidos, capaz de contribuir para a qualidade da educação brasileira. Diversos trabalhos já existem sobre o tema, a exemplo de Meira (2007), Marques (2008) e Calixto e Galiazi (s/d). Nos trabalhos de Meira e de Marques afirma-se que escrever é um exercício do próprio pensamento, exercício esse essencial para o desenvolver a reflexão crítica e para a exposição de ideias de modo coeso e coerente. Como professor, o licenciando em Química utilizará, a todo momento, a linguagem, seja oral ou