A escravidão
O processo de abolição transcorreu, conforme a tradição brasileira, de modo lento e gradual, operando-se pela via legislativa-progressiva, sem rupturas revolucionárias, passando por etapas demarcadas, primeiramente, pela extinção da importação de escravos Lei Euzébio de Queiroz, seguindo-se a Lei do Ventre do Livre e a Lei dos Sexagenários, até a Lei Áurea, demorando-se quase sessenta anos entre a primeira tentativa de abolição do tráfico e a emancipação total dos escravos.No dia 13 de maio de 1888, chegou ao fim o trabalho escravo no Brasil., após quatro séculos de escravidão, tortura e maus-tratos, os negros estavam libertos perante a lei, a aprovação da Lei Áurea, a lei que oficializou o fim da escravidão no Brasil, foi assinada pela Princesa Isabel. O processo abolicionista foi também resultado de uma luta política, que mobilizou alguns políticos da época que se empenharam em ajudar a Princesa a aprovar a Lei Abolicionista e uns desses politicos foram Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e André Rebouças, pois eles visavam a melhoria das condições de vida dos antigos escravos.
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A abolição foi o resultado, principalmente, da luta dos negros, escravos ou não, que se mobilizaram ao longo da década de 1880 contra a continuidade do trabalho escravo. O movimento dos negros se traduziu em fugas maciças, assassinatos de proprietários de terras e dos capatazes, esses atos ameaçaram a ordem social do final do Império, tornando inevitável, por um número cada vez maior de pessoas, o questionamento se a escravidão era legítima ou não.
Já em 1909, uma série de greves paralisou quase todo o tráfego ferroviário na Bahia. Vivendo uma situação de exploração e hostilidade que consideravam insustentável, os trabalhadores se levantaram para protestar contra as longas jornadas de trabalho, os baixos salários e as imposições disciplinares (muitas vezes acompanhadas de castigo físico) que visavam controlar o ritmo de trabalho nas