escravidão
A escravidão foi uma instituição central ao desenvolvimento econômico norte-americano. Sua expansão teve início a partir da segunda metade do século XVII, quando a importação de africanos impôs-se à contratação de servos de origem europeia. Retraiu-se brevemente na segunda metade do século XVIII, com a abolição nos estados do Norte e os deslocamentos causados pela guerra de independência no Sul. Iniciou uma retomada vertiginosa a partir da última década do século XVIII, alicerçada no cultivo do algodão e na expansão para o Oeste dos EUA. A sociedade sulista apresentou a maior população escrava das Américas, a maior taxa de reprodução endógena (via de manutenção do sistema escravista) e a mais vigorosa defesa da escravidão como base da organização social da nação. O trabalho escravo sustentou as culturas de milho, tabaco, cânhamo, cana-de-açúcar, arroz e algodão. No estado da Virgínia, escravos trabalhavam em fábricas e ferrovias. A economia sulista, alicerçada no trabalho servil, complementava as atividades econômicas do Norte, abastecendo a indústria têxtil, aumentando a demanda naval e movimentando todo um mercado de implementos agrícolas especialmente confeccionados para o uso por escravos. O algodão, na famosa frase do senador sulista James Henry Hammond, “era rei”; a commodity mais importante da revolução industrial iniciada no século anterior. Perto de 4 milhões de escravos viviam nos estados do Sul em 1860. A existência da instituição era sancionada por leis estaduais além de constar na Constituição Federal. O que levou à abolição de uma instituição tão solidamente estabelecida? As primeiras manifestações abolicionistas começaram com os quackers da Pensilvânia, sendo rapidamente seguidas pelo surgimento de movimentos semelhantes no Sul. Lideranças religiosas condenaram a instituição como um pecado. Por razões óbvias, essas manifestações tiveram pouca