A Escravidão no Brasil

A Escravidão no Brasil O escravo negro foi a principal mão-de-obra utilizada no Brasil por mais de três séculos. Durante os séculos XVI e XVII, a mais importante fonte de riqueza do país era a produção de açúcar, baseada na grande propriedade de terra e no trabalho escravo.
Humilhados, obrigados a trabalhar sem descanso, tratados muitas vezes com crueldade, nem sempre os negros aguentavam calados. Sabotavam o trabalho, suicidavam-se, matavam senhores e feitores, rebelavam-se. Era comum fugirem para florestas, morros e montanhas, onde fundavam comunidades de produtores livres, chamadas quilombos.
Antes da chegada dos europeus no século XV, a chamada África Negra abrigava vários povos, com organizações sociais, políticas e econômicas bem diferentes umas das outras.
A presença de portugueses e de outros conquistadores europeus, a partir de 1415, produziu profundas transformações nas sociedades e mas organizações políticas africanas de então. O pior efeito dessa presença foi, sem dúvida, o tráfico de escravos, a princípio para as ilhas do Atlântico e a península Ibérica, e depois para a América.
A sociedade européia viveu um período de grandes mudanças no século XV, e a atividade comercial tornou-se mais importante do que nunca. Em busca de novos produtos para comercializar e de mais terras, alguns reinos começaram a incentivar e a patrocinar expedições marítimas.
Eles tinham como objetivo principal, descobrir um novo caminho marítimo para as Índias, região produtora de especiarias (cravo, canela, noz-moscada, pimenta, gengibre) e de produtos de luxo (sedas, perfumes, porcelanas, tapetes).
O comércio desses produtos atraia a nascente e cada vez mais forte, burguesia européia.
Os portugueses foram pioneiros nesse movimento de expansão marítima e comercial, ou Grandes Navegações. Em 1415, conseguiram conquistar a cidade de Ceuta, no norte da África. Em seguida fizeram inúmeras viagens, até que, em 1498, Vasco da Gama chegou a Calicute, nas Índias, descobrindo