A escola e a sociedade
A escola “institucionalização de uma sequência de educação formal” é uma marca distintiva da nossa sociedade e diferencia-se de épocas anteriores da história da humanidade.
As instituições de ensino são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento das sociedades contemporâneas. Assim sendo, a maior parte dos países estabeleceu um número mínimo de anos de escolaridade obrigatória, que se podem prolongar durante dez ou até mesmo doze anos. À medida que aumenta o número de anos na escola, aumenta simultaneamente a adesão das populações ao ensino, quer por os que pretendem adquirir uma qualificação pós universitária, quer por aqueles que pretendem retomar os estudos. Desta forma, as instituições universitárias massificam-se nos países ricos e os outros países seguem-lhe o exemplo, o que leva ao crescimento da diversidade de ofertas.
A instituição escolar contribui significativamente para mudanças sociais e culturais, quer pela influência que exerce sobre a vida dos indivíduos, quer pela forma como se rege abrangendo um grande número de pessoas, alunos e profissionais (ligados à educação e não só) implicando também recursos financeiros, visto que está envolvida numa vasta rede de infra-estruturas. Podemos verifica-lo na relação que existe entre a escola e a economia resultado da diversificação do sistema de ensino e da interdependência que mantém, a vários níveis, com o mercado do trabalho. No entanto esta relação não está livre de incoerências de vários tipos que se poderão manter no futuro.
Afinal, que peso terá ensino técnico-profissional ao nível secundário comparativamente com o ensino dito “normal” encaminhado para o nível superior? Deverá o ensino apostar em formar especialistas ou pessoas dotadas de conhecimentos gerais e polivalentes? Existirá uma separação entre uma escola vocacionada para os “conhecimentos teóricos” e uma outra direcionada para a designada “vida prática” do mundo do trabalho? Será a desvalorização dos