A ESCOLA REFLEXIVA –ISABEL ALARCÃO
A mudança de que a escola precisa é uma mudança paradigmática. Porém, para muda-la, é preciso mudar o pensamento sobre ela. É preciso refletir sobre a vida que lá se vive, em uma atitude de diálogo com os problemas e as frustrações, os sucessos e os fracassos, mas também em diálogo com o pensamento, o pensamento próprio e o dos outros. ESCOLA REFLEXIVA – é a escola que se pensa e que se avalia em seu projeto educativo, é uma organização aprendente que qualifica não apenas os que nela estudam, mas também os que nela ensinam ou apoiam estes e aqueles. É uma escola que gera conhecimento sobre si própria como escola específica e, desse modo, contribui para o conhecimento sobre a instituição chamada escola.
A ESCOLA HOJE
Entristece-me ouvir os alunos dizerem que a escola não estimula. Verifico também, com grande apreensão, que, após vários anos de escolarização, muitos alunos não revelam as competências cognitivas, atitudinais, relacionais e comunicativas que a sociedade espera e das quais necessita. Igualmente me pesa verificar o cansaço e o desânimo manifestados por tantos professores que sentem-se solitários, desapoiados pelos dirigentes, pelas comunidades e pelos governos. Contudo, nos discursos oficiais, é unanimamente reconhecido que a educação é fonte de desenvolvimento humano, cultural, social e econômico. E que, nesse desenvolvimento, os professores e a escola desempenham um papel fundamental. A FIM DE TRAÇAR UM PERFIL DE NOSSAS ESCOLAS, PERGUNTA-SE: São edifícios onde apenas existem salas de aula? Ou também há nelas espaços de convício, de desporto, de cultura, de trabalho em equipe, de inovação e experimentação? Que espaços permitem instalação de redes de informática para manter a escola em interação com outras escolas, com outras instituições, com outros países, com o conhecimento hoje disponibilizado de novas formas? Será que nossas escolas possuem locais que